Denver 2.0

A equipe do Denver Nuggets foi envolvida numa novela que parecia inacabável: a saída de Carmelo Anthony do time, que o levou ao New York Knicks. Junto com "The Melo Man", o armador Chauncey Billups também foi envolvido na troca entre Denver e New York, que acabou trazendo alguns jogadores da equipe da "Big Apple", entre eles Danilo Gallinari, Raymond Felton e Wilson Chandler. Depois da época de trocas, esperava-se que o time do Colorado sofreria com a ausência do seu principal jogador, Carmelo, e seu principal armador, Billups. Entretanto, desde o fim das transferências, a equipe só perdeu três jogos.

Dizer que o time será uma pedra no sapato de muita gente nos Playoffs é difícil, muito menos dizer que esses bons resultados momentâneos prevalecerão até a pós-temporada. Contudo, o serviço está sendo bem feito. O time com Felton na armação, não ganhou um "Point Guard" dos sonhos, mas sim um jogador com eficiência no ataque, não tanto por pontos (16.1 por jogo), mas sim por assistências (média de 8.7) e que vinha de bons números no seu antigo time, os Knicks, assim como Danilo Gallinari (15.9 pontos por jogo) e Wilson Chandler (16.1), dois alas que apenas fazem o "feijão com arroz" dentro de quadra, rendendo bons frutos...

E sem falar do brasileiro Nenê, que não está a frente de muitos pivôs da liga, mas vem fazendo uma ótima temporada, uma das melhores da sua carreira no melhor basquete do mundo, sendo peça chave na equipe de Denver. O jogador tem médias de 15.1 pontos e 7.5 rebotes, não são as melhores da liga, mas são fundamentais no time do treinador George Karl.

Assim como os Nuggets, times como o Orlando Magic, por exemplo, se ajeitaram na época de trocas e montaram times coletivos e dinâmicos. Era óbvio que a equipe girava em torno de Carmelo, que não fazia mais do que seu trabalho: pontuar. Não dá pra se montar uma tática para um time que tem jogadores incríveis no ataque, como o Miami Heat, por exemplo. Jogadores com estilo "playmaker", chamam a responsabilidade durante o jogo inteiro (mesmo que alguns, como eu por exemplo, chamem isso de "ser fominha"), é praticamente impossível de criar um perfil coletivo num time que tem alguma estrela ou recordista de pontos.


Mas coletividade é fundamental em todos os esportes coletivos, obviamente. Exemplo disso é a dinastia entre Lakers e Celtics, maiores campeões da NBA. Os times que tiverem um técnico que saiba usar isso, vão ter bons números. E o que parece é que o George Karl sabe bem fazer isso, ainda mais agora, que tem uma equipe bem mesclada. Agora é só esperar pra ver o que vai dar...

Rumo aos Playoffs?